Um blogue de pequenas causas.
Este blogue é da responsabilidade de um lisboeta com frequência universitária (Biologia), ex‑jornalista actualmente trabalhando na área informática.
Isto e tudo o mais ou será óbvio, ou irrelevante. (Vd. manifesto.)
IBSN:
Já sabíamos: Não é com água que se apagam fogos florestais.
Etiquetas: Ambiente
às 20:34, por Zarolho
Ontem, o suplemento de Economia do Diário de Notícias dizia que a publicidade outdoor é o “meio” que traz mais “retorno”.
Espera‑se pois um proliferar ainda mais anárquico e inestético de cartazes, tapumes, mupis, telas de fachada e demais mamarrachos alienando o “target” da paisagem natural e construída.
Mas o que preocupa o sensível paisagista Pacheco Pereira são os aerogeradores, essa tenebrosa ameaça…
(Ah, não fosse este um blogue de pequenas causas e muito se poderia escrever sobre rivalidades na “família” laranja, sobre Carlos Pimenta e as eólicas, (por comparação) sobre José Sócrates e as águas empresarializadas, e citar, escavando mesmo fundo, algum escrito de Pacheco Pereira, em fase maoista, elogiando as barbaridades paisagísticas e ambientais perpetradas na sua China “Popular”. Mas não temos tempo…)
Etiquetas: Ambiente
às 20:13, por Zarolho
(Sim, este filme já é velhinho, mas ando a desenterrar uns resmungos antigos. Nunca é tarde demais para dizer mal.)
Um filme péssimo — provavelmente o cúmulo corrente do défice entre recursos investidos e oportunidades perdidas!
Mas noite perene na ilha de Bouvet em Outubro?! Para quê?!…
A latitude de 54° confere a este local um regime circadiano idêntico ao de Dublin, Irkutsk ou Edmonton; a noite de duas semanas pós‑solestício dura 14 horas, sobram 10 horas de Sol.
O resmungo original incluía a queixa que o filme mostra a Lua a pique (em 4 de Outubro, na ilha de Bouvet). Ora a inclinação da órbita da Lua é 5° e a latitude de Bouvet é 54°; num determinado ano (que o filme não refere) a Lua poderia de facto apresentar‑se a uma altitude de até 80°. Vale sempre a pena usar a cabeça!
às 17:15, por Zarolho
Confesso que resisti durante anos a ler este livro, por medo de o meu idolatrado Eco se revelar um bacoco pós‑moderno, ludita e dado a devaneios “para anormais”…
Mas claro que não é, e o livro desmascara com finíssima ironia patranhas várias, desde as vanity presses à amnésia crónica do misticismo da moda.
Mas não é que continuo a ver o Pêndulo de Foucault anunciado, e comentado por recém‑leitores, como um fascinante relato de um universo paralelo, um olhar da história e do mundo que nos leva a pôr em causa a leitura “fria” e “limitada” da ciência “ortodoxa”?…
Está tudo doido, ou sou só eu?
às 15:16, por Zarolho
Sabe bem variar e poder concordar, por poucas vezes como esta, com Pacheco Pereira — que afirma necessário:
… rever de vez o uso arqueológico dos mapas nos noticiários, um bom exemplo do desleixo das redacções na utilização de tecnologias mais que disponíveis. Os mapas que aparecem nas notícias para além de muito escassos, — mapear informação sobre incêndios é um upgrade importante no conteúdo informativo – são rudimentares, e imprecisos. Acaso a sobreposição sobre esses mapas de figurinhas com chamas por cima das capitais de distrito é informação?
Acrescento aos noticiários das T.V.s também os jornais, revistas (nomeadamente as de temáticas mais “geográficas”) e certamente os livros, mormente os de História e Geografia, no quais a escassez de material cartográfico é agravada pela paupérrima qualidade desse mesmo pouco.
Aproveito para fazer a devida vénia a Luís Nuno Espinha da Silveira, pelo excelente recurso que é o seu trabalho pioneiro Cartografia Histórica de Portugal Continental.
às 12:30, por Zarolho
A Carris, transportadora urbana rodoviária de Lisboa, anda a renovar os mapas da rede que disponibiliza aos utentes em algumas das suas paragens. O novo mapa está datado de Junho de 2005, mas continua a não incluir as estações de Metro de Alfornelos e Amadora Este, inauguradas em Maio de 2004…
Adenda:
Ver também:
às 17:31, por Zarolho
Por falta da habitual folha-de-couve e da respectiva escolha beta, comprei ontem o Semanário, para colmatar a necessidade compulsiva de leitura em longa viagem de autocarro.
Pois mais valia ler reclamos ou grafitos, de tão rasteiro o nível jornalístico dessa publicação: Grafismo, ortografia, abordagem, redacção, estilo, documentação — não tem ponta por onde se pegue.
(Há porém que reconhecer que o site é bastante bom, tecnicamente falando.)às 18:45, por Zarolho
Enquanto se discute a “descolonização” de Gaza, neste momento a atravessar momentos decisivos, convido‑vos a abrir um olho e meio e temperar as vossas visões do assunto (sejam elas quais forem) com o facto trivial que aqui abaixo ilustro, apondo lado‑a‑lado dois mapas sensivelmente à mesma escala:
Faixa de Gaza (Palestina/Israel) e Concelho de Aljezur (Portugal), respectivamente 360 km² para 1 376 289 hab. e 324 km² para 5282 hab.
às 23:55, por Zarolho
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